quarta-feira, 11/12/2024
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Mondelez investe em tecnologia de cacau; fundo de US$ 350 milhões para agricultura regenerativa é lançado

Gigante alimentícia aposta em startup de cacau cultivado, enquanto novo fundo busca impulsionar práticas agrícolas sustentáveis

 

 

A Mondelez International, gigante por trás de marcas icônicas como Toblerone e Oreo, fez um novo investimento na Celleste Bio, startup focada no desenvolvimento de cacau cultivado em laboratório. O objetivo da parceria é criar alternativas sustentáveis para a produção de chocolate, reduzindo a pressão sobre as plantações tradicionais de cacau e contribuindo para a preservação de florestas tropicais. Segundo a empresa, a iniciativa também visa atender à crescente demanda por soluções éticas e ambientalmente responsáveis no mercado de alimentos.

Além desse movimento, o setor agroalimentar registrou outro marco importante: o lançamento de um fundo de US$ 350 milhões dedicado à agricultura regenerativa. Desenvolvido pela Toesca Asset Management em parceria com a Astarte Capital Partners, o fundo financiará projetos que promovam práticas agrícolas como o uso responsável da água, rotação de culturas e recuperação de solos degradados. A ideia é não apenas melhorar a sustentabilidade das produções agrícolas, mas também mitigar os impactos das mudanças climáticas em longo prazo.

 

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A combinação de tecnologia e sustentabilidade tem ganhado força no setor. A Celleste Bio, por exemplo, utiliza biotecnologia avançada para cultivar cacau em ambientes controlados, eliminando a necessidade de grandes áreas de plantio e reduzindo a pegada de carbono da produção. Essa abordagem representa uma revolução para uma indústria historicamente associada a práticas agrícolas intensivas e impactos sociais, como o trabalho infantil em plantações de cacau.

Por outro lado, o fundo de agricultura regenerativa busca incentivar práticas que regenerem ecossistemas naturais. Além de beneficiar o meio ambiente, essas iniciativas visam oferecer retornos financeiros sólidos para investidores interessados em integrar critérios ESG (ambientais, sociais e de governança) às suas carteiras. A expectativa é que o fundo contribua para o avanço da agropecuária sustentável em países como Brasil, Argentina e outros grandes exportadores agrícolas.

Para especialistas, esses investimentos representam um passo significativo rumo a uma indústria agroalimentar mais equilibrada e inovadora. No entanto, desafios permanecem, como o alto custo inicial de tecnologias emergentes e a necessidade de educar agricultores e empresas sobre os benefícios a longo prazo dessas práticas. Soluções sustentáveis não são apenas viáveis, mas necessárias para atender à demanda global sem comprometer o futuro do planeta.

Essas ações refletem uma mudança estratégica no mercado, com grandes empresas e investidores apostando cada vez mais em soluções disruptivas para enfrentar os desafios ambientais. Com iniciativas como as da Mondelez e do fundo de agricultura regenerativa, o setor agroalimentar pode se tornar um exemplo de como inovação e sustentabilidade caminham lado a lado, moldando o futuro da alimentação global.

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