Nova unidade na França promete reduzir em quase 80% a pegada de carbono e aumentar a biodisponibilidade da vitamina em relação às fontes tradicionais
A startup francesa Nutriearth acaba de inaugurar em Carvin, na França, a primeira fábrica europeia dedicada à produção sustentável de vitamina D3 a partir de larvas comestíveis de Tenebrio molitor. A tecnologia biomimética patenteada da empresa promete redefinir os padrões de eficácia e sustentabilidade no mercado global de suplementos e alimentos funcionais.
Com uma pegada de carbono 76,8% menor que a da vitamina D3 convencional — derivada da lanolina — e absorção até três vezes superior, o processo da Nutriearth imita o mecanismo natural de síntese da vitamina no corpo humano. A farinha das larvas, naturalmente rica no mesmo precursor presente na pele humana, é exposta a um tipo específico de luz que converte o composto de forma natural em vitamina D3 bioativa, sem uso de solventes ou aditivos químicos.
O potencial é significativo: a nova planta tem capacidade para suprir as necessidades de vitamina D3 de mais de 50 milhões de pessoas, fortalecendo a segurança alimentar europeia e reduzindo a dependência de importações da China e da Índia — responsáveis por 99,9% da produção mundial.
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O portfólio da empresa inclui o N-utra, farinha funcional rica em proteínas, vitaminas e antioxidantes, já aprovada pela Comissão Europeia, e o Nutra-oil, uma forma líquida destinada a suplementos alimentares e alimentos fortificados. Ambos são fabricados integralmente na nova unidade, que segue padrões de grau farmacêutico e separação física entre linhas de produção.
Segundo Jeremy Burks, CEO da Nutriearth, “nossa tecnologia combina o que há de mais natural e avançado em nutrição. Com esta unidade, unimos saúde humana e sustentabilidade em um mesmo processo produtivo”.




