Estudo sugere que o consumo de uvas pode prevenir a perda muscular e promover a qualidade de vida em idosas
Uma pesquisa recente conduzida pela Western New England University (WNE), no Reino Unido, revelou que o consumo de uvas pode trazer benefícios significativos para a saúde muscular, especialmente para mulheres. O estudo, realizado em camundongos e publicado no periódico Foods, aponta que as uvas têm potencial para prevenir a perda muscular e melhorar a qualidade de vida, especialmente entre idosos.
Segundo o Dr. John Pezzuto, professor e reitor da Faculdade de Farmácia e Ciências da Saúde da WNE, “este estudo fornece evidências convincentes de que as uvas têm o potencial de melhorar a saúde muscular no nível genético.” Ele complementa que o próximo passo será investigar como essas mudanças se manifestam em humanos.
Os resultados indicam que uma dieta enriquecida com uvas altera a expressão genética, promovendo aumento de massa muscular magra e reduzindo marcadores de degeneração muscular. Esses efeitos foram ainda mais pronunciados nas fêmeas, que apresentaram uma aproximação de características genéticas associadas ao sexo masculino.
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Os pesquisadores identificaram 25 genes associados à saúde muscular que tiveram sua expressão alterada pelo consumo de uvas. Alguns genes, como Ahsg, Alb, Apoa1 e Arg1, foram positivamente regulados, enquanto outros, como Camp, Lcn2 e Irf4, tiveram sua atividade reduzida, indicando melhorias na função muscular.
Fitoquímicos como aliados da saúde
As uvas são ricas em fitoquímicos, compostos naturais que desempenham um papel importante na prevenção de doenças, atuando por meio de mecanismos nutrigenômicos. Além de beneficiar a saúde muscular, esses compostos têm sido amplamente estudados por sua capacidade de promover o bem-estar geral.
A pesquisa também ressalta a importância de preservar a saúde muscular, especialmente em idosos. Condições como sarcopenia, fibromialgia e doenças cardiovasculares afetam milhões de pessoas em todo o mundo. O estudo reforça o papel das intervenções dietéticas na promoção da qualidade de vida, destacando o potencial das uvas como um complemento alimentar acessível e seguro.
Embora os resultados sejam promissores, os pesquisadores enfatizam que novos estudos são necessários para confirmar a aplicabilidade das descobertas em humanos.