segunda-feira, 16/06/2025
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Phytoform e Corteva unem forças para combater doenças no milho usando IA

Parceria utiliza a tecnologia CRE.AI.TIVE para ativar genes nativos e aumentar a resistência do milho a doenças, promovendo inovação e sustentabilidade no campo

 

 

A startup britânica Phytoform firmou uma parceria estratégica com a gigante agrícola Corteva para explorar como a inteligência artificial pode aumentar a resistência a doenças em uma das culturas mais importantes do mundo: o milho.

Utilizando a plataforma CRE.AI.TIVE, desenvolvida pela Phytoform, a colaboração visa identificar variações genéticas específicas que possam ser ativadas para conferir maior resiliência às plantas. A tecnologia combina aprendizado de máquina e edição genética de precisão para realizar alterações mínimas no DNA das plantas sem introduzir material genético externo, evitando a classificação como organismo geneticamente modificado (OGM).

A CRE.AI.TIVE será usada para analisar milhões de variações genéticas nas regiões reguladoras do DNA do milho e selecionar aquelas que podem ativar genes nativos essenciais para a resistência a doenças. Segundo William Pelton, cofundador da Phytoform, o foco inicial está em duas das doenças mais graves que afetam a produção de milho, embora os nomes dessas doenças ainda não tenham sido divulgados.

 

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“A Corteva já possuía esses genes em seu banco genético, mas eles estavam inativos”, explica Pelton. “Nossa tecnologia pode ajudar a ativá-los, conferindo resistência a doenças de forma natural e sem características transgênicas.”

Expansão e impacto

Essa colaboração representa um marco para a Phytoform, fundada em 2017, sendo o primeiro contrato da empresa com uma grande corporação. Até então, a startup concentrava seus esforços em culturas como batatas e tomates.

O milho, uma das culturas mais cultivadas globalmente, enfrenta diversos desafios fitossanitários, como a mancha cinzenta das folhas e a ferrugem comum. A parceria com a Corteva amplia o alcance da Phytoform para culturas de maior escala, demonstrando a flexibilidade e a aplicabilidade da plataforma em diferentes espécies agrícolas.

“Trabalhar com o milho nos dá a oportunidade de causar um impacto muito maior, tanto em termos econômicos quanto ambientais”, afirma Pelton.

Do laboratório ao campo

Embora ainda não exista a garantia de um produto comercial como resultado da parceria, Pelton está confiante nos avanços esperados. “Nossa força está em traduzir descobertas laboratoriais para o campo. Este é um passo além da P&D tradicional. Acreditamos que seremos capazes de entregar uma solução comercial viável, embora sempre existam riscos no processo.”

Com a combinação de inovação tecnológica e colaboração estratégica, a parceria entre Phytoform e Corteva pode redefinir os padrões de resistência a doenças no milho e abrir novas possibilidades para o futuro da agricultura sustentável.

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