sexta-feira, 21/11/2025
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Sistema de IA busca inovação alimentar e acelera formulações

Plataforma integra dados estruturados, inteligência artificial e análise sensorial para reduzir ciclos de P&D e elevar a precisão no desenvolvimento de produtos

 

A indústria alimentícia vive um momento de virada na forma como pesquisa, desenvolve e otimiza novos produtos. A AKA Foods apresentou o AKA Studio, um sistema de IA projetado para consolidar conhecimento organizacional, integrar dados sensoriais e orientar o processo de formulação com muito mais segurança e eficiência. A plataforma une informações experimentais — como textura, aroma e sabor — a assistentes de IA especializados, permitindo decisões mais rápidas e embasadas na criação de alimentos.

A base do sistema é uma arquitetura que organiza dados históricos e contínuos de P&D, especificações de ingredientes, feedback sensorial e requisitos regulatórios em uma única estrutura inteligente. Essa visão integrada reduz o ciclo de desenvolvimento, tradicionalmente de anos, para poucas semanas. A formulação continua sendo um processo prático e experimental, mas agora apoiado por análises avançadas, que aprimoram a precisão técnica e ajudam as empresas a lançar produtos mais saudáveis, sustentáveis e ajustados às demandas do mercado.

É nesse contexto que entra o investimento. A AKA Foods acaba de concluir uma rodada seed de US$ 17,2 milhões, liderada pelos especialistas em IA Alex e Michael Bronstein. O aporte permitirá ampliar a implementação do AKA Studio globalmente e acelerar a evolução científica por trás do sistema. Para investidores, a tecnologia representa uma categoria emergente na interseção entre inteligência artificial, ciência dos alimentos e avaliação sensorial — uma combinação difícil de replicar e altamente defensável.

 

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A segurança é um dos pilares do modelo. O AKA Studio opera como uma plataforma SaaS protegida, oferecendo ambientes privados de dados, com a opção de instalação local totalmente isolada da internet (air-gapped) para organizações com requisitos mais rígidos. Os dados dos clientes não são utilizados para treinar modelos e permanecem sob total controle das empresas em todos os cenários.

Segundo o professor Alex Bronstein, cientista-chefe da AKA Foods, o sistema representa “uma nova gramática para alimentos”, ao criar agentes de IA capazes de se conectar a diversas fontes de dados e sugerir melhorias de formulação. Já o CEO David Sack ressalta que grande parte do conhecimento valioso da indústria permanece subutilizado — e que o Studio oferece uma forma segura de capturar, organizar e aplicar esse conhecimento em escala.

O potencial da estrutura sensorial-computacional vai além da alimentação. A mesma lógica pode ser usada no desenvolvimento de fragrâncias, cosméticos, aromas e fármacos — setores onde formulação precisa e avaliação sensorial também são fundamentais.

Com o AKA Studio, a AKA Foods estabelece um novo padrão para inovação alimentar orientada por dados, criando um ambiente em que times de pesquisa, executivos e investidores compartilham uma mesma rota de progresso: mais ciência, mais precisão e decisões mais inteligentes.

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