quinta-feira, 21/11/2024
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Massachusetts aprova lei que destina US$ 120 milhões ao desenvolvimento de proteínas alternativas

Estados Unidos vivem momento de polarização, com alguns estados barrando desenvolvimento alimentar

 

 

Uma nova lei no estado de Massachusetts, nos Estados Unidos, promete investimentos em proteínas alternativas, com o senador Barry Finegold chamando a ciência alimentar de prioridade para o estado em termos de clima e saúde. A posição diverge de muitos outros estados norte-americanos. O debate sobre proteínas alternativas no país está cada vez mais polarizado. A Flórida proibiu empresas de fabricar ou vender carne cultivada em suas fronteiras, e, a partir de outubro, o Alabama fará o mesmo. Outros estados, como Texas, Nebraska, Tennessee e Arizona, também discutiram legislações semelhantes. Em Washington, há esforços para restringir o financiamento federal e banir carne cultivada nas escolas. No entanto, a Casa Branca e estados como Califórnia e Illinois têm investido milhões para apoiar proteínas alternativas, sinalizando que nem todos veem essa inovação como uma ameaça para agricultores, economia e sociedade americana.

 

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Massachusetts, sede da Universidade Tufts e seu Centro de Agricultura Celular, é um desses defensores. Na nova Lei de Desenvolvimento Econômico, aprovada na semana passada, o estado está apoiando a tecnologia climática e proteínas alternativas.

“Olhamos para a ciência alimentar como parte importante do futuro. Ela não é apenas boa para a economia, mas também para o clima e a saúde,” afirma o senador Barry Finegold, presidente do Comitê Conjunto de Desenvolvimento Econômico e Tecnologias Emergentes. Ele destaca o desejo de ajudar empresas locais com pesquisa, infraestrutura e desenvolvimento de produtos.

Como parte da Lei, o estado está comprometendo US$ 2,8 bilhões em financiamento, com subsídios para tecnologia climática e financiamento para adaptação costeira.  As proteínas alternativas aparecem três vezes na lista de investimentos. Primeiro, há um subsídio de US$ 5 milhões para empresas locais desenvolverem esses novos alimentos, através do programa START da empresa de capital de risco MassVentures. Outro subsídio de US$ 5 milhões é destinado à Massachusetts Technology Collaborative (MassTech) para igualar subsídios que apoiem proteínas alternativas entre entidades privadas, institutos de ensino superior, ONGs e outras organizações no estado. Por fim, o governo investirá US$ 115 milhões em um programa competitivo da MassTech para apoio à infraestrutura, visando avançar a liderança do estado e aumentar empregos em setores emergentes de tecnologia, incluindo proteínas alternativas.

O apoio de Massachusetts às proteínas alternativas, especialmente carne cultivada, é uma demonstração de confiança em uma indústria que enfrenta alegações sobre ser não natural, não saudável e prejudicial ao clima.

A recente abertura do Centro para Proteína Sustentável na Universidade Estadual da Carolina do Norte, financiado pelo Bezos Earth Fund, também destaca o crescente interesse e investimento em proteínas alternativas nos EUA.

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