terça-feira, 01/07/2025
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Financiamento em agrofoodtech no Brasil cresce 32% no primeiro trimestre de 2025

O investimento em startups brasileiras de agrofoodtech mostra sinais de recuperação em 2025, impulsionado por rodadas estratégicas em biotecnologia e marketplaces agrícolas.

 

 

O setor de agrofoodtech no Brasil continua atraindo investidores, consolidando sua posição como líder em investimentos na América Latina e no Caribe. Segundo a AgFunder, o Brasil ocupou o terceiro lugar nas Américas e a 11ª posição global em 2024, com startups levantando US$ 249 milhões em 49 negócios. Apesar de uma queda de 24% em relação a 2023, os números indicam resiliência, especialmente em comparação com o desempenho global, que teve redução de apenas 3% no mesmo período.

Após um ano desafiador, o financiamento em agrofoodtech no Brasil cresceu 32% no primeiro trimestre de 2025, totalizando US$ 76,8 milhões. O aumento foi impulsionado por uma rodada de Série D de US$ 60 milhões da Solinftec, empresa de robótica agrícola que lidera o cenário nacional em tecnologia de rastreabilidade e otimização agrícola.

 

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O desempenho do trimestre não só representa uma recuperação significativa em relação ao mesmo período de 2024, com aumento de 85%, mas também elevou a participação do Brasil no investimento global em agrofoodtech para 3,1%, acima dos 1,5% registrados em 2024.

Categorias em destaque

Os Marketplaces Agrícolas e agrifintech continuam sendo os maiores receptores de capital, com US$ 84,3 milhões captados em 2024, um aumento de 29% em relação ao ano anterior. Entre os principais negócios, destacam-se os US$ 52,7 milhões arrecadados pela Agrolend e os US$ 20 milhões da Traive.

Biotecnologia Agrícola foi outra área de destaque, captando US$ 58,4 milhões em quatro negócios. Apesar da queda de 9% no total investido, a categoria continua atraindo atenção graças ao crescimento de tecnologias voltadas para fertilizantes e proteção de cultivos de base biológica.

Desafios e oportunidades no cenário pós-pandemia

O ano de 2024 foi marcado por retrações no número de negócios e volumes de financiamento em quase todas as fases, especialmente nos estágios iniciais, com queda de 44% nos valores e 53% nas rodadas. Em contrapartida, as fases Série A e Série B apresentaram crescimento, indicando uma maturidade crescente nas startups do setor.

Rodadas como a Série A de US$ 46,2 milhões da Agrion Agrisolutions e a Série B de US$ 55 milhões da Cayena demonstram que investidores estão focados em soluções escaláveis que integram inovação tecnológica e sustentabilidade.

O futuro do agrofoodtech brasileiro

Com o aumento do capital alocado em categorias estratégicas e o fortalecimento de empresas como a Solinftec, o Brasil continua sendo um ator-chave no cenário global de agrofoodtech. A recuperação no primeiro trimestre de 2025 sinaliza que o setor pode superar os desafios do cenário econômico global, mantendo o país na vanguarda da inovação no agronegócio.

As próximas rodadas e o desempenho ao longo do ano determinarão se o crescimento se manterá sustentável, consolidando o Brasil como um dos mercados mais promissores para investidores em agrofoodtech.

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