quarta-feira, 23/07/2025
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Probiótico de engenharia promete revolucionar saúde aviária com tecnologia inédita

Startup americana BiomEdit avança no combate à enterite necrótica em frangos com um produto pioneiro de biologia sintética

 

 

Uma inovação desenvolvida pela BiomEdit, especialista em microbioma animal, pode transformar o combate à enterite necrótica em frangos de corte. O produto, chamado BE-101, é o primeiro probiótico de engenharia (pvAb) projetado para atuar como veículo de entrega de anticorpos dentro do organismo das aves, bloqueando toxinas bacterianas de forma direcionada e eficaz.

A tecnologia, que já entrou na fase final de licenciamento condicional pelo USDA, prevê um lançamento comercial para o final de 2026. A aplicação é simples: o probiótico é pulverizado no dorso dos pintinhos no dia em que nascem, permitindo que eles o ingiram ao se limpar e bicar uns aos outros. A colônia bacteriana formada permanece ativa por cerca de duas semanas, e um reforço administrado na água potável prolonga a proteção durante o ciclo de crescimento.

 

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Segundo o CEO da BiomEdit, Aaron Schacht, o produto representa um marco ao aliar biologia sintética, análise genômica e engenharia de linhagens para criar uma solução direcionada, mais eficaz e sustentável do que as práticas atuais. “Queremos trazer ciência de verdade para entender por que soluções microbianas funcionam e usar a biologia sintética para torná-las ainda melhores”, afirma.

Plataforma microbiológica robusta

O BE-101 nasce de uma extensa base de dados criada pela BiomEdit a partir da análise de mais de 10 mil amostras de microbiomas de animais como frangos, porcos, peixes, vacas e cães. Com isso, a empresa conseguiu construir uma biblioteca de organismos, cultivar linhagens promissoras e aplicar análises metabolômicas e proteômicas para selecionar candidatos ideais.

Além do BE-101, a BiomEdit desenvolve outros produtos com abordagem semelhante, como enzimas criadas via engenharia microbiana para atuar como aditivos de ração e reduzir inflamações em animais de produção.

A startup, surgida como um desmembramento da Elanco em 2022, une ciência de ponta a parcerias estratégicas para escalar sua operação.

Em paralelo ao avanço tecnológico, a empresa arrecadou US$ 18,4 milhões em uma rodada Série B, liderada pela Anterra Capital, com participação de investidores como Nutreco, AgriZeroNZ, Elevate Ventures e Betagro Ventures. Os recursos vão apoiar o licenciamento e o lançamento comercial do BE-101, além de ampliar o portfólio de inovações da BiomEdit para a indústria de saúde animal.

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