Pesquisadores desenvolveram técnica que permite modificação do metabolismo das células-tronco
O HiLIFE (Instituto de Ciências da Vida) da Universidade de Helsinque, na Finlândia, desenvolveu uma tecnologia baseada em pesquisas com células-tronco que os cientistas acreditam que permitirá a produção em larga escala de carne cultivada, trazendo assim produtos acessíveis ao mercado.
Os pesquisadores do projeto Myocopia argumentam que cultivar carne em biorreatores depende de fatores de crescimento caros para fazer as células crescerem e se diferenciarem, e esses custos impedem as empresas de carne cultivada de produzirem volumes suficientes de carne de forma econômica.
No entanto, após pesquisar como o metabolismo celular regula a divisão e a diferenciação das células-tronco musculares, a equipe do Myocopia encontrou outra abordagem para alcançar o mesmo comportamento celular sem usar um meio de crescimento.
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Com a tecnologia desenvolvida pelo Myocopia, o metabolismo das células pode ser modificado para que se dividam efetivamente e formem carne apenas quando instruídas a fazê-lo. O método mantém as células se expandindo por mais tempo do que os métodos atuais, permitindo o controle preciso das células em biorreatores.
Após resultados promissores, os pesquisadores garantiram uma bolsa de de dois anos da Business Finland no final de 2023 para facilitar a comercialização. Esta fase do projeto validará a tecnologia em carnes comercialmente relevantes, como carne bovina, suína e de frango.
Em vez de se tornar um produtor de carne cultivada, a equipe pretende estabelecer uma empresa derivada para licenciar seu know-how. A tecnologia está em processo de patente, e a equipe espera iniciar discussões com fundos de capital de risco até 2025.
Como um fornecedor de tecnologia, o Myocopia se concentrará no desenvolvimento de soluções para capacitar e apoiar os esforços de aproximadamente 150 empresas que desenvolvem produtos de carne cultivada. Um dos produtos esperados é um ‘coquetel’ especializado projetado para estimular o crescimento celular, que pode ser utilizado integralmente nos biorreatores existentes. Atualmente, a equipe busca parceiros corporativos para testar seu método inovador de substituição de meio de crescimento.
