Heme de soja leghemoglobina dá aos produtos plant-based uma aparência de ‘sangue’
A Impossible Foods deu um passo significativo para comercializar seus produtos na União Europeia (UE) após o painel de Organismos Geneticamente Modificados da Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (EFSA) declarar seguro o consumo de seu ingrediente-chave, o heme de soja leghemoglobina.
Produzido por meio de fermentação de precisão com leveduras geneticamente modificadas, o heme é responsável por dar aos produtos à base de plantas da empresa uma aparência que “sangra” e um sabor semelhante ao da carne. Desde 2019, a Impossible Foods busca aprovação na UE e obteve sua primeira validação de segurança alimentar da EFSA no início deste ano. Agora, o ingrediente aguarda aprovação final pela Comissão Europeia e pelos Estados-membros da UE.
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A publicação do parecer da EFSA inicia um período de consulta pública de 30 dias, permitindo que comentários científicos sejam enviados e analisados pela agência e pela Comissão Europeia. Em seguida, a Comissão elaborará um parecer final a ser submetido aos Comitês Permanentes da UE, que decidirão por votação.
A jornada da Impossible Foods pela aprovação na Europa ocorre após a resolução de uma disputa com a empresa de tecnologia alimentar Motif Foodworks. Em 2022, a Impossible processou a Motif, acusando-a de infringir sua patente relacionada ao heme. O conflito foi encerrado em setembro de 2024, com a aquisição do negócio de heme da Motif pela Impossible Foods.
Um porta-voz da Impossible Foods destacou que o parecer positivo da EFSA é um marco importante para a entrada da empresa no mercado europeu. Ele ressaltou que a avaliação científica rigorosa da segurança do heme reflete a qualidade dos produtos da marca, que já receberam aprovação em países como Estados Unidos, Canadá, Singapura, Austrália e Nova Zelândia.