sexta-feira, 06/12/2024
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COP29: Líderes globais são pressionados a promover transição alimentar justa

Reforma alimentar é peça-chave na luta contra as mudanças climáticas

 

 

Uma coalizão de organizações sem fins lucrativos e membros do Food & Climate Action Group convocou os líderes mundiais reunidos na COP29, em Baku, Azerbaijão, a reformar as políticas alimentares e agrícolas. O objetivo é incentivar uma transição justa para reduzir o consumo excessivo de carne e laticínios, promovendo alternativas de menor impacto ambiental.

Após o acordo alcançado na COP28 para a transição dos combustíveis fósseis, a coalizão agora pede que essa mesma abordagem seja aplicada ao setor alimentar.

Países de alta renda foram instados a apoiar publicamente alimentos de baixo carbono, como vegetais, para reduzir emissões e o uso de terras e água. Além de contribuírem para as metas climáticas, essas políticas poderiam melhorar a saúde pública e reduzir gastos com saúde.

 

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Os países de alta e média-alta renda também foram orientados a redirecionar subsídios de produtos de alta emissão, como carne e laticínios, para apoiar uma transição justa para os agricultores. A coalizão sugeriu ainda a criação de políticas tributárias que incentivem os processadores de carne a migrarem para produtos à base de plantas. As receitas obtidas com essas taxas poderiam financiar iniciativas climáticas e compensar populações mais afetadas pelas mudanças climáticas.

Embora historicamente as cúpulas da COP tenham dado pouca atenção à reforma dos sistemas alimentares, a COP28 representou um marco ao oferecer dois terços de suas refeições sem carne. Essa decisão resultou de campanhas como o Food@COP, liderada pelo grupo juvenil YOUNGO e apoiada pela organização ProVeg International. Desde 2022, as conferências também incluem pavilhões dedicados à discussão sobre alimentação sustentável.

Akshath Kaimal, líder do subgrupo de finanças da coalizão e membro da TAPP Coalition, destacou que reformar práticas agrícolas, subsídios e impostos alimentares, além de priorizar o consumo de alimentos vegetais, é essencial para cumprir as metas do Acordo de Paris. Ele alertou que os sistemas alimentares atuais impactam desproporcionalmente comunidades indígenas e populações vulneráveis no Sul Global, onde os efeitos climáticos são mais severos.

A Declaração da COP29, assinada por quatro países e mais de 100 ONGs, pede que nações da OCDE e a China implementem taxas sobre carne ou precifiquem emissões de gases de efeito estufa no setor agropecuário. Parte dessas receitas poderia ser destinada ao financiamento do Fundo de Perdas e Danos, promovendo uma distribuição mais justa dos custos climáticos.

Essa pressão reflete a crescente compreensão de que a transição alimentar é uma peça-chave na luta contra as mudan

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