Novas proteínas da startup prometem revolucionar bebidas funcionais e impulsionar o conceito de “comida como remédio”
A startup americana Alpine Bio anunciou duas inovações que podem redefinir o uso da soja em alimentos e bebidas funcionais: um isolado proteico vegetal de alta solubilidade e uma lactoferrina rica em ferro, produzida a partir da própria soja. As novidades combinam tecnologia de biotecnologia molecular e processamento enzimático para criar ingredientes mais eficientes, nutritivos e sustentáveis — com desempenho comparável ao das proteínas animais.
A lactoferrina da Alpine Bio se destaca por conter 3,5 vezes mais ferro do que sua versão bovina. A proteína bioativa, essencial para o metabolismo do ferro e para a imunidade, é naturalmente presente no leite de mamíferos. Produzida agora a partir da soja, a versão vegetal da Alpine Bio alcança cerca de 70% de saturação de ferro, contra uma média de 20% em produtos convencionais. Essa alta biodisponibilidade pode abrir caminho para alimentos fortificados e bebidas com foco em nutrição preventiva e suporte imunológico.
Outro avanço vem do isolado proteico de soja fracionado (FSPI), desenvolvido a partir de soja não transgênica. A formulação apresenta solubilidade excepcional, sabor neutro e estabilidade térmica, o que permite sua aplicação em bebidas e produtos com alto teor de proteína sem o uso de gomas ou estabilizantes. Segundo a fundadora da empresa, Magi Richani, o novo ingrediente oferece desempenho “semelhante ao soro de leite”, sendo transparente e estável mesmo em altas concentrações — ideal para formulações que buscam sabor leve e textura suave.
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O desenvolvimento do FSPI surgiu a partir de um processo patenteado que maximiza a solubilidade e remove compostos responsáveis por sabores residuais, além de reduzir o teor de isoflavonas — uma exigência crescente em alguns mercados. O resultado é uma proteína funcional de alta qualidade, capaz de fornecer até 20 gramas de proteína por porção e atender à crescente demanda por alternativas vegetais mais completas e sensorialmente agradáveis.
Com essas inovações, a Alpine Bio se posiciona na vanguarda da biotecnologia alimentar, unindo ciência de proteínas e agricultura molecular para criar ingredientes que atendem tanto à indústria quanto ao consumidor moderno. “O que estamos fazendo é expandir os limites do que a soja pode oferecer. Nossos produtos unem desempenho, nutrição e acessibilidade — e isso é o futuro da alimentação funcional”, afirma Richani.
