sexta-feira, 18/10/2024
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Habilitação de 38 novas fábricas amplia exportações de carne para a China

Presidente Lula acompanhou, na última sexta, primeiro lote de proteína animal a ser enviado ao país asiático

 

A China habilitou, no mês passado, 38 novas plantas para receber carne importada do Brasil, o que fez com que o número de plantas brasileiras exportadoras saltasse de 107 para 145. Somadas, elas vão gerar um incremento de R$ 10 bilhões na balança comercial brasileira no decorrer dos próximos 12 meses. Nesta sexta-feira (12/4), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva acompanhou, em Campo Grande (MS), a finalização do primeiro lote para embarque de carne para o país asiático a partir das plantas recém-habilitadas. A carne foi despachada a partir de uma fábrica da JBS.

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, destacou que as viagens internacionais realizadas pelo presidente Lula geraram oportunidades e construção de acordos com outros países. E citou que o Brasil é reconhecido pela produção de qualidade, respeitando regras sociais e ambientais. “Ninguém no mundo produz com tanta sustentabilidade como os produtores brasileiros. Ningúem no mundo respeita mais o meio ambiente do que o produtor brasileiro. E isso é oportunidade de negócio”, explicou.

 

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“E porque que é importante fazer essas reuniões? Por que quando eu volto, eu digo para meus ministros: ‘agora vocês preparam a bolsa de vocês, coloca o que o Brasil tem para vender embaixo do braço, e vá viajar o mundo’. Hoje, nosso fluxo de exportação e importação já ultrapassa os 560 bilhões de dólares. Se a gente tiver competência, se a gente trabalhar, a gente pode em mais 10 anos, chegar a 1 trilhão de dólares de comércio exterior, porque nós temos capacidade de vender, capacidade de produzir, qualidade, produtividade e temos mercado pra consumir também”, disse o presidente Lula, que, desde o desde o ano passado, se reuniu com 110 presidentes. Nos últimos 15 meses, o Brasil celebrou a abertura de 105 novos mercados, em 50 países

Antes desta nova lista de habilitações, o Brasil tinha 107 plantas autorizadas para operar na China, entre as habilitadas para proteínas de aves, bovinos e suínos. O Mato Grosso do Sul tinha apenas três frigoríficos habilitados para exportar carne bovina para os chineses. Agora conta com sete.

O estado foi o que mais se beneficiou das novas habilitações entre todas as Unidades da Federação. Antes, os frigoríficos de bovinos de Mato Grosso do Sul tinham potencial de exportar para a China um volume equivalente a no máximo 467 mil cabeças de gado por ano. Agora, são 2,3 milhões, acréscimo de mais de 1,8 milhão de cabeças.

Ricardo Santin presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal e representante da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne, citou os impactos que as exportações trazem para a economia. “Somente uma planta (fábrica) de ave pode exportar 35 milhões de dólares por ano a mais. Quando falamos de uma planta de boi, vai poder exportar 150 milhões de dólares a mais todo ano. E dinheiro que sai lá do exterior, troca por um pedaço de carne, e vai ser distribuído por toda a cadeia: para o borracheiro, para o transportador, para o nosso colaborador, para o produtor, para todos que estão presentes. A gente consegue ser o maior exportador de aves, o maior exportador de boi e o quarto maior de suíno. O mundo olha para o Brasil como garantia de sustentabilidade e, acima de tudo, de comida boa com qualidade”.

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