sexta-feira, 18/10/2024
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Inovação prolonga vida útil de alimentos em restaurantes

Com a tecnologia desenvolvida pela startup norte-americana Prism, produtos armazenados em caixas com atmosfera controlada podem durar até oito vezes mais

 

 

O desperdício de alimentos em restaurantes não se associa exclusivamente à comida deixada no prato pelos clientes. Após pesquisar centenas de estabelecimentos no estado norte-americano de Utah, a empresa Prism, surgida a partir de uma aceleradora de negócios na Universidade Brigham Young, constatou que um grande volume de alimentos se deteriora antes que os chefs possam utilizá-los. A solução que contribui para prolongar a vida útil dos produtos está em uma tecnologia desenvolvida pela startup.

A startup Prism é um dois seis beneficiários do ReFED Catalytic Grant Fund, iniciativa que visa combater o desperdício de alimentos em restaurantes.

No levantamento realizado em restaurantes de Utah, a Prism detectou que boa parte dos alimentos perdidos tem origem em falhas de gerenciamento de estoque. Por outro lado, o armazenamento de produtos diversos também tem a ver com a imprevisibilidade dos clientes. Afinal, nunca se sabe quando escolherão aquele prato especial, com ingredientes específicos que precisam estar à disposição do chef, mas que tem pouca saída no menu.

Com a proposta de prolongar a vida útil dos alimentos, para que os chefs possam utilizá-los com segurança, a Prism desenvolveu um recipiente de atmosfera controlada que pode ser armazenado em refrigeradores de restaurantes. Além de reduzir o desperdício, o objetivo é diminuir a entrega de alimentos frescos por semana.

“Ainda não podemos entrar em detalhes, pois acabamos de registrar uma patente provisória”, informa Hunter Lindsay, cofundador da Prism. “Mas criamos um dispositivo que muda condições atmosféricas e coloca os produtos para ‘dormir’. Miniaturizamos uma tecnologia industrial que permite que frutas e vegetais durem de duas a três vezes mais, e até oito vezes em alguns casos.”

 

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O “segredo” da tecnologia está em uma peça branca, colocada embaixo da caixa que guarda o alimento. Fechada a tampa, a peça passa a monitorar a atmosfera interna de forma contínua e vai otimizá-la para cada tipo de alimento.

Um mostrador no próprio recipiente permite escolher a condição mais apropriada para cinco categorias diferentes de frutas e vegetais. O ajuste das configurações também pode ser feito remotamente, por aplicativo.

Nos modelos projetados pela startup, a implantação de cinco recipientes em um restaurante pequeno ou médio representa uma economia de US$ 2.500 por ano, seja com a redução da frequência de remessas ou do desperdício de alimentos.

“Há muitas soluções para aplicações em escala industrial, de sprays a atmosfera controlada, mas nada como esta tecnologia que, especificamente, visa restaurantes e potenciais consumidores finais”, conclui Hunter Lindsay.

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