Práticas como agricultura de precisão e manejo adequado do solo são essenciais para combater degradação ambiental e garantir segurança alimentar no Brasil
As queimadas e o desperdício de alimentos intensificam a urgência de adotar tecnologias que promovam práticas agrícolas mais sustentáveis. Esses desafios não apenas afetam o meio ambiente, mas também colocam em risco a segurança alimentar e a saúde pública.
No Brasil, as queimadas são amplamente utilizadas para a limpeza de áreas agrícolas, mas essa prática resulta em graves impactos. Além de contribuir para a degradação do solo e a perda de biodiversidade, a liberação de gases tóxicos, como monóxido de carbono e dióxido de enxofre, compromete a qualidade do ar e a saúde da população. Dados do Ministério da Saúde apontam que, entre 2019 e 2021, mais de 300 mil mortes foram atribuídas a doenças respiratórias agravadas pela poluição atmosférica.
O desperdício de alimentos é outro desafio crítico. A perda significativa ao longo da cadeia produtiva, desde o campo até o consumidor final, agrava os problemas sociais e econômicos. A estimativa é de que milhões de toneladas de alimentos sejam desperdiçadas anualmente, contribuindo para o aumento de resíduos e emissões de gases de efeito estufa.
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Para reverter esse cenário, especialistas apontam a necessidade de avanços tecnológicos na agricultura. Soluções como a agricultura de precisão, que utiliza sensores e dados para otimizar recursos, e a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) podem melhorar a eficiência produtiva e reduzir os danos ambientais. Além disso, o manejo adequado do solo e o monitoramento das queimadas são estratégias fundamentais para minimizar impactos negativos.
A transição para práticas agrícolas mais sustentáveis é considerada urgente por pesquisadores e ambientalistas. Preservar os ecossistemas que sustentam a produção agrícola é indispensável para garantir o futuro do agronegócio e a estabilidade ambiental no Brasil. Ações conjuntas entre governo, setor privado e sociedade civil são necessárias para equilibrar proteção ambiental e desenvolvimento econômico.
Enquanto as queimadas e o desperdício seguem desafiando o país, especialistas reforçam que adotar tecnologias sustentáveis é a melhor estratégia para assegurar a saúde pública, o avanço do setor agrícola e a preservação do meio ambiente.