sexta-feira, 18/10/2024
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Rio Capim busca R$ 100 milhões em CRAs para expandir pecuária sustentável na Amazônia

Empresa estruturada pela Belterra e pelo Fundo JBS tem expectativa de  passar de 25 para 250 pecuaristas atendidos

 

A Rio Capim, uma empresa criada pela Belterra e pelo Fundo JBS pela Amazônia, está buscando R$ 100 milhões para ampliar suas operações de pecuária sustentável na Amazônia. A empresa planeja captar esses recursos por meio da emissão de dois Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs), cada um no valor de R$ 50 milhões. A primeira emissão já foi concluída, e a segunda está prevista para 2025, estruturada pela Vox Capital.

Inicialmente, a Rio Capim atendeu 25 produtores, mas a meta é aumentar esse número para 250 até o próximo ano. Os recursos obtidos serão usados para a compra de gado e a recuperação de áreas de pastagem degradadas. Atualmente, a produção é de 1,2 mil bezerros, com a expectativa de crescer para entre 10 a 12 mil bezerros a partir do próximo ano com a inclusão dos novos produtores. Além disso, a meta é recuperar 10 mil hectares de pastagens no próximo ciclo.

Durante a Converge Capital Conference, Valmir Ortega, CEO da Rio Capim e sócio da Belterra, explicou que está negociando com vários investidores para a emissão recente. O Fundo JBS pode participar com a cota júnior, outros fundos com a cota mezanino, e investidores institucionais, como gestoras, com as cotas seniores. Ortega mencionou que bancos também podem se envolver na distribuição. A JBS já investiu R$ 10,2 milhões na primeira emissão.

 

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As operações da Rio Capim estão atualmente focadas no Pará, com planos de expansão para o Mato Grosso. A parceria entre a Belterra e o Fundo JBS é estratégica e não obriga os produtores a venderem para a JBS. Ortega destacou que o CRA é uma solução de baixo custo que oferece segurança e robustez aos investidores.

Fundada no ano passado, após cinco anos de operação da Belterra, a Rio Capim atua como um hub de apoio a pequenos pecuaristas locais, enfrentando os desafios da pecuária na Amazônia. O Fundo JBS inicialmente investiu R$ 10 milhões para lançar a empresa, sem manter participação acionária.

O foco da Rio Capim, com os recursos dos CRAs, é intensificar a criação de gado e implementar sistemas silvipastoris, que combinam o plantio de árvores com pastagens. Isso aumenta o estoque de carbono no solo e reduz as emissões de metano do gado. Ortega enfatizou a necessidade de aumentar a densidade de gado por hectare para uma produção mais eficiente e sustentável, liberando terras para outras culturas, como cacau e açaí. A Belterra planeja ser parceira dos produtores nesses novos investimentos.

A emissão faz parte do programa Juntos, do Fundo JBS pela Amazônia, que pretende levantar mais de R$ 900 milhões nos próximos anos para beneficiar 3,5 mil pequenos criadores de gado na Amazônia Legal. Andrea Azevedo, diretora-executiva do Fundo JBS pela Amazônia, afirmou que o programa visa criar impacto positivo por meio de negócios inclusivos e sustentáveis, garantindo retorno financeiro. Azevedo destacou a importância de atrair investimentos seguros para pequenos produtores dentro de um novo modelo de negócios sustentáveis.

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