Empresas de proteínas vegetais tiveram crescimento acelerado nos últimos cinco anos, aponta levantamento da The Good Food Institute Brasil (GFI Brasil)
O setor de alimentos plant-based no Brasil tem visto um crescimento exponencial nos últimos cinco anos, desde o lançamento do primeiro hambúrguer de carne vegetal. Mais de 100 empresas já atuam nesse segmento, que inclui startups, indústrias de ingredientes e de manufatura. O país também se destaca internacionalmente, exportando produtos cárneos feitos de plantas para 25 países. O mapeamento é do The Good Food Institute Brasil (GFI Brasil), organização sem fins lucrativos que promove o setor de proteínas alternativas no mundo.
Apesar do rápido crescimento, o mercado brasileiro de carnes vegetais está agora em uma fase de consolidação. Isso significa que, embora o consumo desses produtos continue a crescer, a taxa de expansão está desacelerando e a competição entre as startups se intensifica. Grandes indústrias estão entrando no jogo, investindo em produtos plant-based ou adquirindo startups para garantir sua participação no mercado.
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O GFI Brasil destaca que ainda há muitas oportunidades no setor, como o desenvolvimento de novos ingredientes e produtos para as marcas oferecerem alimentos que atendam às demandas nutricionais, sensoriais e funcionais dos consumidores. Outro desafio do setor é investir em estratégias para reduzir os custos de produção e ampliar os pontos de venda.
A pesquisa científica é primordial para o desenvolvimento de proteínas alternativas. Muitas startups surgem a partir de pesquisas avançadas, mas a transição para o mercado pode ser um desafio. Os Núcleos de Inovação Tecnológica (NIT), aponta o mapeamento, podem ser parceiros valiosos nesse processo, auxiliando na transferência de tecnologia e na criação de modelos de negócio adaptados às necessidades das empresas e das instituições de pesquisa.