quinta-feira, 21/11/2024
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Em encontro, Alckmin destaca protagonismo do Brasil em segurança alimentar, energética e clima

“A China é o maior parceiro comercial do Brasil. A complementaridade econômica e comercial entre os dois países é impressionante”, afirmou o presidente em exercício

 

O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, destacou que o Brasil é protagonista de três grandes desafios mundiais atuais – segurança alimentar, segurança energética e clima. Na função de presidente em exercício, Alckmin participou da abertura da Conferência Internacional “50 anos da relação Brasil-China: cooperação para um mundo sustentável”. O evento é realizado pelo Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri) em parceria com o Institute of Latin American Studies da Academia Chinesa de Ciências Sociais (CASS), principal organização acadêmica e centro de pesquisa especializado em filosofia e ciências sociais da China.

“A China é o maior parceiro comercial do Brasil. A complementaridade econômica e comercial entre os dois países é impressionante”, afirmou Alckmin. “É um importante investidor no Brasil e as oportunidades são muitas: nas áreas do Novo PAC, infraestrutura, energia renovável, automotiva, carros híbridos, veículos elétricos, complexo da saúde, indústria aeronáutica. É difícil uma área que não haja uma parceria entre Brasil e China, uma amizade que só se consolida e que avança”, pontuou.

 

 

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Durante o evento, foram discutidos temas como segurança alimentar, economia de baixo carbono, inovação, transições energética e ecológica, combate às desigualdades e reforma da governança global. A relação entre Brasil e China foi destacada como sólida e mutuamente benéfica, transcendendo o âmbito bilateral e contribuindo para o desenvolvimento sustentável de ambos os países.

A conferência também contou com a participação de representantes do governo brasileiro e chinês, acadêmicos, pesquisadores e líderes empresariais, que debateram formas de fortalecer a cooperação entre os dois países em diferentes áreas. O evento foi dividido em painéis que abordaram diversos aspectos da relação bilateral, desde o agronegócio até a inovação e a transição ecológica.

Alckmin lembrou que as exportações brasileiras para a China ultrapassaram a marca de US$ 100 bilhões, superando o valor exportado para todo o mundo durante o primeiro mandato do presidente Lula. Atualmente, o Brasil exporta US$ 104 bilhões para a China, Alckmin também destacou investimentos recentes anunciados por empresas da China no Brasil. “O fluxo de comércio é superior a US$ 150 bilhões e crescente. Com o Programa Mover, na indústria automotiva, já são US$ 125 bilhões de investimento estrangeiros anunciados em nosso país, com dois grandes representantes da indústria chinesa: a BYD e a GWM”, frisou, evidenciando a importância crescente do mercado chinês para a economia brasileira.

Para o presidente em exercício, o contexto econômico nacional é favorável para incrementar essa balança. “O Brasil vive um bom momento. O Risco Brasil, que era de 258 pontos, caiu para 130. A inflação caiu, o desemprego caiu, os juros continuam em queda, subiu o PIB, avançou a economia, cresceram as exportações e a China tem papel extremamente relevante nisso”, destacou.

O embaixador da República Popular da China no Brasil, Zhu Qingqiao, afirmou que o evento não apenas captura as tendências atuais do desenvolvimento global, como também ressalta o significado estratégico entre a cooperação sino-brasileira. “Esses 50 anos têm sido marcados pela interação de alto nível, cada vez mais intensa, aprofundamento contínuo, confiança estratégica e resultados profícuos em todas as áreas”, disse. “No ano passado, o presidente Lula fez uma visita bem-sucedida à China, e junto com o presidente Xi Jinping, deram orientações para abrir um novo futuro para as relações sino-brasileiras na nova era, injetando o ímpeto vigoroso para expandir e aprofundar nossa cooperação em todos os setores”, acrescentou.

O embaixador também celebrou o retorno e aprofundamento das relações bilaterais entre dois países a diretora-geral do Instituto de Economia Industrial da CASS, Dan SHI, que ressaltou que o diálogo vem se tornando mais frequente e forte. “A parceria Brasil-China está em uma nova quadra, com novas oportunidades em um momento de grande crescimento da China. O Brasil tem projetos de neoindustrialização, Programas de Aceleração do Crescimento e essa parceria permite sinergia entre programas brasileiros e chineses”.

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