Pesquisa analisou 422 produtos alternativos à carne e 251 alternativas ao leite em 11 países
Um estudo conduzido pela ProVeg International em 11 países revelou que alternativas vegetais à carne possuem um perfil nutricional superior ao da carne convencional, enquanto os substitutos ao leite têm propriedades similares às do leite de vaca.
A pesquisa analisou 422 produtos alternativos à carne e 251 alternativas ao leite em países como Alemanha, Itália, Malásia, Reino Unido e Estados Unidos. A avaliação baseou-se em diretrizes internacionais, incluindo o modelo de perfil de nutrientes da Organização Mundial da Saúde (OMS) e a legislação europeia sobre alegações nutricionais.
Os resultados indicaram que os substitutos de carne contêm menos gordura saturada e significativamente mais fibras em comparação com as carnes de origem animal. Já as bebidas vegetais apresentaram menores níveis de gordura total e saturada em relação ao leite de vaca. Produtos como o leite de soja se destacaram, e a maioria das alternativas ao leite foi classificada como baixa em açúcar, além de possuir níveis de cálcio comparáveis aos do leite convencional, devido à fortificação.
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Recomendações do relatório
A ProVeg sugere que os fabricantes reduzam os teores de sal e açúcar nos produtos vegetais e priorizem a fortificação com micronutrientes. Já os varejistas são incentivados a equiparar os preços desses produtos aos de origem animal. Governos também são orientados a estabelecer diretrizes nacionais para fomentar o desenvolvimento de alimentos mais saudáveis e sustentáveis.
O estudo enfatiza que o consumo excessivo de alimentos de origem animal impacta negativamente tanto a saúde quanto o meio ambiente, ressaltando a urgência de uma transição para dietas mais baseadas em vegetais.
O relatório também aponta que, embora proteínas menos processadas, como tofu e leguminosas, sejam opções mais saudáveis, as alternativas de carne de “nova geração” ainda apresentam menos calorias, gordura saturada e mais fibras do que a carne convencional.
“Uma mudança para alimentos mais vegetais é um meio comprovado de reduzir doenças relacionadas ao estilo de vida e combater a crise climática e a perda de biodiversidade”, conclui o estudo.