Novo relatório rebate estudo anterior e indica avanços significativos na produção de carne cultivada; empresa australiana Vow afirma estar próxima de atingir lucro por unidade
As previsões pessimistas sobre a viabilidade econômica da carne cultivada podem estar com os dias contados. Um novo relatório rebate diretamente o estudo da consultoria Humbird, publicado em 2021, que apontava que a carne produzida em laboratório seria inviável em larga escala devido aos altos custos de produção. Segundo o novo levantamento, o relatório anterior subestimou os avanços tecnológicos do setor e cometeu erros críticos de análise.
Um dos destaques dessa reviravolta vem da startup australiana Vow, que afirma estar muito próxima de atingir lucratividade por unidade em sua produção de carne cultivada. De acordo com a empresa, seu produto — atualmente focado na carne de codorna cultivada — pode alcançar margem positiva por unidade vendida ainda em 2025, à medida que sua tecnologia e capacidade de escala evoluem.
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O novo relatório, elaborado por cientistas e especialistas do setor, sustenta que os custos de produção podem cair drasticamente com o uso de insumos alternativos e maior eficiência biológica, desmentindo os valores estimados anteriormente, que apontavam para cifras superiores a US$ 10 mil por quilo.
A Vow, que recentemente lançou seu produto no mercado de Singapura, aposta em ingredientes mais acessíveis e processos otimizados em biorreatores de médio porte, o que reduz significativamente os custos operacionais. A empresa também tem planos de diversificar suas linhas de produtos e expandir internacionalmente, com foco em mercados abertos à inovação alimentar.
O debate em torno da viabilidade econômica da carne cultivada segue intenso, mas os avanços práticos e os dados atualizados reforçam o otimismo de investidores e empreendedores do setor. Com inovação tecnológica acelerada e crescente apoio regulatório, o cenário que antes parecia distante começa a se tornar realidade — e promissora.
