Segundo o jornal The Guardian, nova tecnologia representa marco na escalabilidade da carne de laboratório
A produção de carne cultivada em laboratório acaba de dar mais um passo importante rumo à viabilidade em escala comercial. De acordo com reportagem publicada pelo jornal The Guardian, uma nova tecnologia permitiu que pedaços inteiros de carne de frango, do tamanho de nuggets, fossem desenvolvidos em um processo significativamente mais rápido do que o padrão atual.
O feito foi alcançado por cientistas do Instituto de Ciências de Cingapura, que anunciaram uma inovação capaz de cultivar células musculares de frango em um sistema tridimensional, sem a necessidade de estruturas de suporte sintéticas. O resultado são pedaços consistentes de carne cultivada em laboratório com textura e estrutura semelhantes às da carne tradicional, produzidos em apenas 48 horas — um avanço considerado “transformador” pelos especialistas.
Atualmente, a maioria das carnes cultivadas se limita a pastas ou formatos moídos, uma vez que a criação de estruturas musculares mais complexas ainda representa um desafio técnico. A possibilidade de formar pedaços sólidos em curto tempo abre novas perspectivas para a aplicação comercial e redução de custos no setor.
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O processo desenvolvido utiliza uma matriz gelatinosa comestível, baseada em ingredientes de origem vegetal, que permite que as células se agreguem de forma natural e se desenvolvam em blocos de carne. A expectativa é que esse tipo de técnica possa acelerar a produção de produtos como nuggets e filés finos, aumentando a oferta e tornando os produtos mais acessíveis.
Com a crescente demanda por proteínas alternativas, a inovação representa um marco para o futuro da alimentação. Conforme destacou o The Guardian, trata-se de um dos desenvolvimentos mais promissores na corrida global por uma produção de carne mais sustentável, ética e eficiente.
