quarta-feira, 05/02/2025
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InícioNutrição e Bem-estarFDA propõe novas diretrizes para rotulagem de alimentos à base de plantas

FDA propõe novas diretrizes para rotulagem de alimentos à base de plantas

Órgão recomenda especificação de ingredientes vegetais nos rótulos, gerando debate sobre impacto na indústria

 

 

A Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos divulgou recentemente um projeto de orientação que sugere mudanças na rotulagem de alimentos à base de plantas que imitam produtos de origem animal, como carnes e laticínios. A proposta recomenda que termos genéricos como “hambúrguer vegetal” ou “salsicha sem carne” sejam substituídos por denominações mais específicas, indicando o principal ingrediente vegetal, como “hambúrguer de soja” ou “salsicha de grão-de-bico”.

Segundo a FDA, essa especificação ajudaria os consumidores a compreenderem melhor a composição dos produtos e a distinguirem entre as diversas alternativas disponíveis no mercado. A agência argumenta que a indicação clara da fonte vegetal predominante pode auxiliar na identificação de potenciais alérgenos e incentivar escolhas alimentares mais informadas.

No entanto, a Plant Based Foods Association (PBFA), entidade que representa fabricantes de alimentos à base de plantas, manifestou preocupação, classificando as novas diretrizes como excessivamente onerosas. A PBFA argumenta que a exigência de especificar ingredientes pode complicar a rotulagem e criar obstáculos desnecessários para os produtores, especialmente os de menor porte.

 

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A discussão sobre a rotulagem de produtos à base de plantas não é exclusiva dos Estados Unidos. No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) também tem debatido a regulamentação desses produtos, visando garantir clareza para os consumidores e equidade no mercado. Em 2021, a Anvisa disponibilizou modelos para rotulagem nutricional, incluindo orientações para produtos de origem vegetal. 

As novas diretrizes propostas pela FDA ainda estão em fase de consulta pública, permitindo que consumidores, fabricantes e outras partes interessadas apresentem suas opiniões. O debate reflete a crescente popularidade dos alimentos à base de plantas e a necessidade de regulamentações que equilibrem a transparência para o consumidor com a viabilidade para os produtores.

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