Emirados Árabes Unidos faz forte investimento no setor, com plano de gerar 20 mil empregos até 2025
Abu Dhabi lançou o hub AgriFood Growth and Water Abundance (AGWA), um parque tecnológico destinado a avançar a produção de alimentos e ingredientes inovadores, além de tecnologias que melhoram o acesso e o uso de recursos hídricos. Anunciado por Sheikh Khaled bin Mohamed bin Zayed Al Nahyan, príncipe herdeiro da capital dos Emirados, o cluster de segurança alimentar visa atender à crescente demanda global por alimentos e água, aliviar pressões nos sistemas agrícolas, adaptar-se aos padrões dietéticos em mudança e capitalizar em avanços tecnológicos para assegurar uma cadeia de abastecimento confiável e resiliente.
Liderado pelo Departamento de Desenvolvimento Econômico de Abu Dhabi (ADDED) e pelo Escritório de Investimentos de Abu Dhabi (ADIO), o cluster apoiará tanto fornecedores locais quanto exportadores para maximizar as oportunidades comerciais.
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A AgriFood ajudará os players da indústria de alimentos e água a aproveitar inovações em proteínas alternativas, algas, tecnologias de osmose reversa, além de aprimorar a produção e o fornecimento tradicionais de alimentos e água. O príncipe destacou a segurança alimentar e hídrica como prioridade nacional, afirmando que soluções inteligentes e projetos de pesquisa e inovação para agricultura moderna são cruciais tanto para a economia local quanto para o desenvolvimento sustentável.
Este é o anúncio mais recente da estratégia de alimentos e agricultura dos Emirados, que visa elevar o valor da indústria para US$ 10 bilhões e criar 20 mil empregos até 2025. Poucos meses antes, Abu Dhabi recebeu sua primeira planta de produção exclusivamente de carne vegetal, da Switch Foods.
Como um país com vastas áreas de deserto e terras aráveis limitadas, os Emirados Árabes Unidos dependem fortemente das importações de alimentos para atender 90% das necessidades de sua população, totalizando US$14 bilhões em 2020. A atual Estratégia Nacional de Segurança Alimentar do país visa torná-lo o mais seguro do mundo até 2051.
Embora sua posição no Índice Global de Segurança Alimentar tenha subido do 35º para o 23º lugar (e lidera a região MENA), a estratégia original era estar entre os 10 primeiros até 2021. Quase um quinto de sua população vive abaixo da linha da pobreza, e segundo o Banco Mundial, 6% de seus cidadãos sofrem de desnutrição.