De: Mercado Hoje
A Agtech mineira Seedz, prestes a completar sete anos, busca novas fontes de receita para sustentar seu crescimento. Inicialmente concebida como uma plataforma de fidelidade para grandes fornecedores do agronegócio, a empresa agora se volta para uma nova vertical de SaaS (Software como Serviço). Nesse sentido, a companhia visa incluir os produtores como clientes.
Com a ampliação do escopo, a Seedz busca alterar a percepção de mercado que a associava apenas a programas de pontos. Do mesmo modo, ela almeja ser reconhecida também como a “Adobe do campo”, introduzindo softwares de gestão para os produtores cadastrados em sua base. Ainda mais, a base de dados atualmente conta com 100 mil membros.
Palavras do CEO da Agtech mineira
Matheus Ganem, fundador e CEO da Seedz, ressalta a evolução da empresa: “Começamos como uma plataforma de fidelização, trouxemos novos softwares e incorporamos inteligência de dados. Agora, queremos escalar esse modelo.”
Nesse sentido, Gabriela Viana, ex-executiva de empresas como Xiaomi, Google e Adobe, foi contratada para liderar a próxima fase de crescimento. Ainda mais, ela ficará responsável por áreas cruciais como marca, marketing B2B e B2C, crescimento e performance, além do desenvolvimento de produtos voltados para agricultores. Viana destaca o potencial de crescimento na adoção digital no agronegócio, ressaltando que a indústria SaaS nesse setor ainda é incipiente.
A receita da Seedz atingiu aproximadamente R$ 200 milhões em 2023, impulsionada por um crescimento orgânico e aquisições estratégicas. No ano passado, a empresa incorporou as operações da Gaivota, uma plataforma de gestão de big data e machine learning.
Esta nova fase de crescimento surge quase um ano após a agtech captar US$ 16,5 milhões em sua Série A, em dezembro de 2022. Com sócios como Alexia Ventures, 10b, The Yield Lab, Vox Capital, Tarpon e Volpe Capital, a Seedz avalia uma nova captação, embora a saúde financeira seja sólida e a data da próxima rodada ainda esteja em aberto, segundo Ganem.