Indústria tem desenvolvido métodos para extrair nutrientes de subprodutos geralmente considerados como resíduos, como sementes
O mercado global de ingredientes ‘reciclados’ terá uma taxa composta anual de crescimento (CAGR) de 6,4% até 2032, alcançando uma valorização de US$ 512 milhões, de acordo com a Fact.MR, empresa de pesquisa de mercado e consultoria.
Atualmente, uma proporção significativa dos alimentos produzidos no mundo é desperdiçada, o que tem um impacto ao meio ambiente. À medida que a conscientização dos consumidores sobre o desperdício de alimentos aumenta, um número crescente de empresas está tentando resolver o problema reaproveitando ingredientes que, de outra forma, seriam descartados.
Algumas empresas estão desenvolvendo métodos para extrair nutrientes de subprodutos geralmente considerados como resíduos. A Kern Tec, da Áustria, desenvolveu um método para separar as sementes dos caroços de damasco e transformá-las em alternativas aos laticínios. Outra empresa, a Upp, do Reino Unido, extrai proteína da biomassa da colheita de brócolis não colhida.
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Embora o crescimento da indústria de alimentos reciclados tenha sido inicialmente relativamente lento, espera-se que ganhe tração rápida nos próximos anos, especialmente com a introdução do Padrão de Certificação de Alimentos Reciclados. Esta certificação da Associação de Alimentos Reciclados proporciona aos consumidores a garantia de que os ingredientes são seguros e têm valor nutricional completo.
A América do Norte atualmente domina o mercado de alimentos reciclados por uma grande margem, com os EUA esperados para representar 32,1% da participação de mercado global até 2032. A Europa também é um mercado chave, com França, Alemanha e Reino Unido esperando ter a maior participação de mercado na região.
A crescente demanda por ingredientes à base de plantas será um motor significativo de crescimento na Europa. Ingredientes reciclados estão sendo cada vez mais utilizados para produzir alternativas a produtos de origem animal, como carne e ovos, junto com culturas de alta emissão, como o café.
Por ingrediente, o amido reciclado terá a maior participação de mercado, seguido por proteínas, fibras, vitaminas e minerais.