Gestora tem US$ 610 milhões em ativos e 306.066 hectares de terra
Em meio ao crescente interesse de investidores em práticas agrícolas sustentáveis, a SLM Partners, pioneira em investimentos em agricultura regenerativa, anunciou um aumento anual de 40% em seus ativos sob gestão. Esse crescimento foi impulsionado principalmente pelo interesse de investidores institucionais dos Estados Unidos. A empresa também divulgou seu primeiro relatório de contabilidade de carbono abrangendo todo o portfólio.
A avaliação de carbono revelou a captura de aproximadamente 100 mil toneladas de CO2e no solo e na vegetação entre 2016 e 2023, equivalente às emissões de 23 mil barris de petróleo. Graças às práticas de gestão regenerativa, as estimativas de sequestro de carbono superam as emissões de carbono no portfólio de ativos reais da empresa
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A SLM atualmente gerencia US$ 610 milhões em ativos e 306.066 hectares de terra. Esse crescimento se deu em diversas estratégias de agricultura regenerativa, incluindo: aumento de culturas anuais orgânicas para reduzir a dependência de pesticidas, OGM, hormônios de crescimento e outras práticas convencionais; desenvolvimento de práticas regenerativas para culturas permanentes, como nozes de árvores, para aumentar a biodiversidade e reduzir a dependência de insumos externos; silvicultura de cobertura contínua, que depende de regeneração natural e diversidade, ao invés de monoculturas; pastoreio planejado holístico de gado.
Nos Estados Unidos, a SLM fez parcerias com agricultores orgânicos locais para arrendamentos de longo prazo, ajudando a converter as terras para orgânicas. Recentemente, a empresa expandiu suas operações para a Costa Oeste dos EUA e a região das Grandes Planícies, com investimentos apoiados por escritórios familiares.
Na Austrália, a SLM criou uma joint venture com a Impact Ag Partners para um projeto de agricultura mista que utiliza práticas regenerativas para melhorar a produtividade e gerar créditos de carbono para venda no mercado local.
Um dos objetivos da gestora é transformar terras em sumidouros de carbono e expandir as práticas regenerativas através dos mercados de carbono, oferecendo um retorno financeiro adicional. A empresa relatou a venda de 1,8 milhão de créditos de carbono na Austrália entre 2016 e 2023.