quarta-feira, 20/11/2024
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Investimentos em foodtech mostram sinais de recuperação, mas proteínas alternativas enfrentam desafios

Startups do setor atraíram US$ 7,9 bilhões no primeiro semestre do ano

 

 

Com a desaceleração da inflação pelo mundo, os investimentos em foodtech começam a dar sinais de recuperação. De acordo com um novo relatório da consultoria francesa DigitalFoodLab, startups do setor atraíram US$ 7,9 bilhões na primeira metade de 2024, o que representa mais de 50% do total investido em 2023 (US$ 15,3 bilhões). Essa recuperação indica que o setor pode estar superando os declínios de financiamento observados nos últimos dois anos.

No entanto, as empresas de proteínas alternativas enfrentam um cenário desafiador. Apesar de um pico de investimentos em 2020 e 2021, preocupações com inflação e altas taxas de juros reduziram o interesse dos investidores nesse setor. O financiamento para startups de proteínas alternativas caiu, com dúvidas sobre a capacidade dessas empresas de atingir paridade de preços com produtos de origem animal e escalar sua produção

As empresas que produzem proteínas vegetais estão enfrentando queda nas vendas.  A expectativa é que, com a diminuição da inflação, os consumidores voltem a experimentar esses produtos, mas isso pode não acontecer antes de meados de 2025.

 

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Por outro lado, empresas que trabalham com ingredientes funcionais – inovando com açúcar, gorduras e proteínas de ovo – estão atraindo maior interesse. Esse segmento tem mostrado um aumento nos investimentos e parcerias com grandes empresas, demonstrando um apetite crescente por parte dos investidores.

O relatório também revela que a Europa está se destacando no cenário global de investimentos em food tech. A região foi menos impactada pelos desafios econômicos e, pela primeira vez, ultrapassou os EUA em termos de financiamento para empresas centradas em soluções climáticas. Em 2024, a Europa representou 48% do capital de risco direcionado às proteínas alternativas.

Já a Ásia, que antes liderava os investimentos em food tech, viu sua participação cair. Isso se deve, em parte, à redução nos investimentos em startups de entrega, especialmente na China, além de incertezas quanto à capacidade dos investidores estrangeiros de atuar no país.

Apesar de um cenário desafiador, o relatório prevê uma recuperação mais robusta para 2025, especialmente nos EUA, com a Europa acompanhando o ritmo de forma mais lenta. “Podemos ter que esperar até 2026 para ver um aumento substancial nos níveis de financiamento”, conclui o relatório.

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