Startup de biotecnologia Galy é fundada pelo brasileiro Luís Bueno e tem centro de inovação agrícola em Holambra
A startup de biotecnologia Galy, especializada em algodão cultivado em laboratório, anunciou o fechamento de uma rodada de investimento Série B no valor de US$ 33 milhões, liderada por Bill Gates.
A empresa, com sede nos Estados, é fundada pelo brasileiro Luís Bueno e tem em Holambra, no interior de São Paulo, um centro de inovação agrícola, combinando técnicas avançadas de cultivo com tecnologia para otimizar a produção.
Para produzir o algodão da Galy, uma equipe seleciona amostras de uma planta e colhe suas células. As células são cultivadas em biorreatores ou tanques de fermentação O produto final é seco e colhido, com um uso mínimo de água, terra e energia.
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A Galy está posicionada como uma das startups de agricultura celular mais promissoras, com potencial para revolucionar a produção de algodão e outras commodities agrícolas. Sua abordagem inovadora não só busca minimizar os impactos ambientais associados ao cultivo tradicional de algodão, como também promete maior resiliência diante das mudanças climáticas.
O investimento Série B contou com o apoio de outros grandes nomes, incluindo a Hydrazine Capital, fundada por Sam Altman, criador da OpenAI, e a Build Collective de Tony Fadell. Entre os investidores anteriores da Galy estão o Ventures Lab de Tim Draper, o Fashion for Good, Apollo Projects e Agronomics.
Com esse novo aporte, a Galy pretende aumentar sua capacidade de produção, atualmente limitada a quilos de algodão. No entanto, a empresa já garantiu milhões de dólares em acordos de prova de conceito com líderes da indústria e um contrato de fornecimento de US$ 50 milhões com a Suzuran Medical, empresa do setor de saúde e farmacêutica, para os próximos 10 anos.