Marina Silva propõe integração de recursos públicos e privados e destaca redução recorde de desmatamento com crescimento econômico
Em discurso durante a cúpula do Brics no Rio de Janeiro, neste domingo (6), a ministra do Meio Ambiente e Mudança Climática, Marina Silva, anunciou que o Brasil pretende movimentar US$ 150 bilhões em um fundo operacional antes da COP30, que será realizada no país em novembro. A proposta busca combinar recursos públicos e privados para financiar ações climáticas e posiciona o Brasil como articulador estratégico na agenda global.
“O financiamento pode ser um misto de recursos públicos e privados. O Brasil está oferecendo uma proposta de como mobilizar, além dos recursos públicos necessários, aqueles que os países desenvolvidos se comprometeram a aportar — e que ainda não aportaram”, afirmou Marina, reforçando a necessidade de um esforço conjunto entre governos e setor privado.
Redução de emissões sem frear a economia
A ministra também ressaltou que o Brasil conseguiu reduzir o desmatamento em 46% na Amazônia e 32% no restante do país, evitando a emissão de mais de 400 milhões de toneladas de CO₂. No mesmo período, a agricultura avançou 15% e a renda per capita cresceu 11%.
“É possível enfrentar a mudança do clima desde que nos planejemos para ela”, disse Marina, sinalizando que o país quer liderar soluções em um momento de crescente pressão internacional.
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Em nota conjunta, os líderes do Brics defenderam que a ação climática seja guiada pelo princípio das “responsabilidades comuns, porém diferenciadas” — reforçando que países desenvolvidos devem assumir maior parcela do esforço de mitigação. O grupo também apoiou o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), proposta brasileira para atrair investimentos internacionais na conservação ambiental.



 

