Ministério da Defesa também incluirá rações kosher e halal a partid de dezembro
O Ministério da Defesa da Ucrânia anunciou planos para incluir rações militares kosher, halal e veganas a partir de dezembro de 2024. Os novos alimentos prontos para consumo têm como objetivo atender às necessidades individuais dos militares, respeitando suas crenças, considerações de saúde e princípios éticos. Eles serão introduzidos após a conclusão do processo de desenvolvimento e aprovação.
De acordo com o anúncio, já ocorreram consultas com vários líderes religiosos, comunidades, e organizações de direitos dos animais, como Every Animal e UAnimals, que contribuíram para o desenvolvimento de rações veganas com conteúdo calórico, valor nutricional, facilidade de preparação e preço semelhantes às refeições tradicionais.
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Um estudo de 2020 do Instituto Internacional de Sociologia de Kiev revelou que 4,5 milhões de ucranianos eram vegetarianos, enquanto cerca de 800.000 eram veganos. Muitos deles se alistaram no exército, e em abril de 2022, logo após a invasão da Rússia, o militar ucraniano Petro Pavlov apresentou uma petição pedindo ao presidente Volodymyr Zelenskyy que criasse refeições militares para vegetarianos e veganos em operações cotidianas e zonas de combate.
Mais de 25.500 ucranianos assinaram a petição, e o presidente Zelenskyy incumbiu o primeiro-ministro Denys Shmyhal de tratar do assunto. Atualmente, as rações veganas para o exército são fornecidas por voluntários, como a Lviv Vegan Kitchen, ou pela Every Animal, que envia alimentos à base de plantas para os soldados por meio de um programa dedicado.
Os pacotes veganos incluem uma variedade de carnes à base de plantas, incluindo produtos de marcas como Eat Me At, além de sopas, cereais, feijões e vegetais entregues pela empresa de entregas Nova Poshta. De acordo com a organização de direitos dos animais, mais de 1.500 pacotes já foram enviados aos defensores.
Dmytro Klimenkov, Vice-Ministro da Defesa da Ucrânia, comentou: “Sabemos que muitos de nossos soldados seguem diferentes tradições religiosas ou têm necessidades dietéticas especiais, por isso trabalhamos ativamente com comunidades religiosas e especialistas em nutrição. Também entendemos a importância de escolhas éticas, e por isso as rações secas à base de plantas serão uma parte importante da nossa nova estratégia. Isso não é apenas uma questão de nutrição, mas também de respeito pelas crenças de cada combatente.”