sexta-feira, 11/10/2024
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Dinamarca terá primeiro imposto sobre carbono na agricultura do mundo

Taxa faz parte de um pacote de medidas de estímulo à alimentos plant-based

 

A Dinamarca está prestes a introduzir o que é considerado o primeiro imposto sobre carbono na agricultura do mundo, após negociações entre o governo, organizações de agricultores, sindicatos, indústria e ONGs ambientais. O acordo deve ser formalmente aprovado pelo parlamento dinamarquês em agosto e prevê um imposto de 16 euros por tonelada de CO2 a ser introduzido sobre as emissões do gado a partir de 2030. Este valor aumentará para 40 euros em 2035.

Os recursos arrecadados pelo imposto em 2030-31 serão devolvidos à indústria como um fundo de apoio para auxiliar na transição verde. O imposto deve provocar a redução de 1,8 milhão de toneladas de CO2e até 2030, permitindo que a Dinamarca alcance sua meta de cortar emissões em 70%.

Além disso, 250 mil novos hectares de floresta serão estabelecidos nos próximos anos, e metas foram definidas para proteger pelo menos 20% da natureza. As taxas para os matadouros serão aumentadas 6 milhões de euros anualmente a partir de 2029, e fundos serão alocados para aprimorar a capacitação da mão de obra.

 

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O acordo foi alcançado apesar da reação de agricultores em toda a Europa contra as políticas ambientais propostas pela União Europeia, que levou ao abandono de algumas metas no início deste ano. Recentemente, a Nova Zelândia também descartou planos para um imposto destinado a combater as emissões de gado.

Com o novo imposto, a Dinamarca continua em sua trajetória de políticas agrícolas progressivas. Em 2021, o país foi o primeiro a financiar agricultores que produzem alimentos à base de plantas. Já em outubro de 2023, a Dinamarca se tornou o primeiro país no mundo a publicar um plano de ação nacional para alimentos à base de plantas. O plano visa fortalecer e promover o setor como parte da mudança para dietas amigáveis ao clima.

Em março do ano passado, o Conselho de Clima Dinamarquês recomendou que dois terços da carne consumida pelos dinamarqueses fossem substituídos por alimentos vegetais e sugeriu que alimentos de alta emissão, como carne bovina, fossem taxados.

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