sexta-feira, 28/03/2025
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Empresa italiana encerra operações de carne após cinco gerações para focar em proteínas vegetais

Gruppo Tonazzo foi fundado em 1888 e está presente na casa de 2,3 milhões de italianos

 

 

O Gruppo Tonazzo, uma empresa familiar italiana com cinco gerações de história, anunciou que encerrará suas operações de carne até o final deste ano para concentrar-se exclusivamente em proteínas vegetais. A companhia planeja expandir sua marca de produtos plant-based, Kioene, que foi lançada há quase 40 anos e hoje é uma das líderes de mercado, com mais de 100 produtos.

As instalações de processamento de carne da empresa, localizadas em Villanova di Camposampiero, serão convertidas para produzir alimentos de alta qualidade à base de vegetais e leguminosas. A transição para o novo modelo de negócios garantirá a continuidade dos empregos, permitindo que os funcionários da divisão de carne assumam funções no setor de alimentos à base de plantas.

 

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Fundada em 1888, a empresa iniciou suas atividades com o comércio de cortes de carne bovina, mas, ao perceber a crescente demanda por alimentos à base de plantas, lançou a marca Kioene em 1988. Desde então, a empresa direcionou seu foco para os produtos plant-based, que hoje representam cerca de 60% do faturamento consolidado do grupo, totalizando aproximadamente 52 milhões de euros em 2023. A marca vem apresentando taxas de crescimento anual de dois dígitos.

O portfólio da Kioene inclui uma vasta gama de opções vegetarianas e veganas, com destaque para ingredientes como brócolis, cenoura, alcachofra, cogumelos e leguminosas. Entre os produtos mais populares estão hambúrgueres e filés vegetais. Aproximadamente 2,3 milhões de lares italianos consomem produtos da marca, que também é reconhecida globalmente.

A decisão de focar na Kioene acompanha as mudanças no comportamento dos consumidores italianos. Uma pesquisa pan-europeia realizada em 2023 revelou que 59% dos italianos estão buscando reduzir o consumo de carne, índice mais alto da Europa. As principais razões citadas foram preocupações com a saúde (54%), o uso de antibióticos (17%) e o impacto ambiental (16%).

Além disso, 57% dos participantes que desejam diminuir o consumo de carne manifestaram a preferência por substituí-la por leguminosas, com 43% optando por proteínas à base de leguminosas, em vez de carne plant-based. Leguminosas, como grão-de-bico e feijão, foram os alimentos mais mencionados entre os entrevistados, com 66% dos europeus declarando consumi-las ocasionalmente e 53% dispostos a aumentar esse consumo.

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