Startup israelense entrou com pedido nos Estados Unidos e previsão é de que liberação ocorra em seis meses
A PoLoPo entrou com um pedido para aprovação regulatória nos EUA para sua tecnologia de cultivo molecular, que transforma batatas em produtoras de proteínas de ovo. A aplicação para a Revisão do Status Regulatória junto ao Serviço de Inspeção de Sanidade Animal e Vegetal marca o primeiro passo da escada regulatória para sua plataforma SuperAA. A expectativa é de que, em seis meses, haja aprovação de que a tecnologia não representa risco agrícola ou de pragas em comparação com o cultivo convencional de batatas.
Após a aprovação, a startup Isralense poderá seguir com planos comerciais para cultivar suas plantas transgênicas de batata nos EUA através de parceiros e produtores locais. Fundada em 2022, a plataforma SuperAA da PoLoPo cultiva aminoácidos-alvo dentro do tubérculo da batata, que são colhidos quando atingem tamanho suficiente. A proteína é então extraída e seca em pó, que pode ser integrada em linhas e formulações de processamento de alimentos existentes.
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Atualmente implantada em escala de estufa, a tecnologia pode gerar patatina (um grupo de proteínas nativas encontradas nas batatas) e ovalbumina (a principal proteína encontrada nos ovos) através de técnicas proprietárias de engenharia metabólica. Ela insere uma sequência de DNA na batata para ensiná-la a produzir uma proteína de ovo totalmente funcional e nutricional e quimicamente idêntica aos ovos de galinha. Embora isso signifique que não há insumo animal e as proteínas de ovo são – por definição – veganas, elas não são adequadas para pessoas com alergias a ovos.
Segundo a PoLoPo, o produto passou por testes rigorosos e atende a todos os padrões de segurança alimentar necessários, sendo considerado seguro para consumo após avaliações de controle de qualidade. A aprovação a colocaria no caminho para vender o produto a fabricantes, que podem usar o pó de ovalbumina em produtos de panificação, sobremesas, lanches, carne e alternativas de carne, e sorvetes. A proteína altamente funcional também pode ser usada para estabilização, aumento do valor nutricional e prolongamento da vida útil de produtos de consumo.
A PoLoPo opera como fornecedora de ingredientes B2B, em vez de vender seus próprios produtos finais no mercado. A indústria alimentícia já usa proteínas de ovo em pó, então a substituição pelo pó de proteína funcional não deverá ser uma dificuldade.
A PoLoPo fechou uma rodada de financiamento pré-seed de US$ 2,3 milhões no final de 2022 e agora está levantando capital novamente. A startup está visando um mercado inundado com preços voláteis e imprevisíveis e choques de oferta devido a frequentes surtos de gripe aviária.