Kinoko-Tech produz salsichas, barrinhas e chips, todos derivados de fungos
A startup israelense Kinoko-Tech, especializada em proteínas à base de micélio, firmou uma parceria estratégica com a australiana Metaphor Foods para comercializar uma nova linha de produtos proteicos, como salsichas, barrinhas e chips, todos derivados de fungos. Essa inovação promete ser uma alternativa sustentável e nutritiva à carne e aos alimentos à base de plantas.
A empresa cultiva micélio em grãos, leguminosas e resíduos da indústria alimentícia, oferecendo uma opção rica em proteínas e fibras que também ajuda a reduzir o desperdício de alimentos.
Os produtos, que incluem hambúrgueres, cubos e patês de micélio, utilizam ingredientes como lentilhas pretas, grão-de-bico e restos de vegetais. Esses itens são complementados por opções de snacks, como chips e barrinhas proteicas, que utilizam subprodutos como quiabo e adoçantes naturais. A previsão é que esses produtos estejam disponíveis comercialmente na Austrália em 2025.
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Um dos principais diferenciais da Kinoko-Tech é a fermentação em estado sólido, um processo licenciado da Universidade Hebraica de Jerusalém, que utiliza ingredientes locais e gera produtos ricos em proteínas. A empresa afirma que seu processo de produção é de zero desperdício e emite menos gases de efeito estufa do que o cultivo de tomates, por exemplo.
Apesar da sustentabilidade ser um ponto importante, a aceitação dos consumidores será impulsionada pelo sabor e pela textura dos produtos. Na Austrália, 46% dos consumidores evitam carne à base de plantas devido ao sabor e 30% devido à textura. A Kinoko-Tech espera superar essas barreiras com produtos que oferecem uma textura suculenta e fibrosa, além de um sabor mais rico em umami, diferente do tempeh.
A parceria com a Metaphor Foods permitirá a produção de proteínas de micélio em larga escala em Melbourne, começando com uma produção anual de 24 a 48 toneladas e atingindo mais de 700 toneladas. A Kinoko-Tech também planeja expandir suas operações para a Europa, Ásia e Nova Zelândia, visando tornar suas proteínas de micélio uma opção acessível e sustentável para os consumidores.
