sexta-feira, 06/12/2024
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Relatório da Orbitas projeta queda de 25% na produção de carne bovina no Brasil

Redução está atrelada às respostas governamentais, dos consumidores e de setor às mudanças climáticas
 

 

Um relatório da consultoria Orbitas divulgado nesta quarta-feira aponta que as respostas conjuntas do governo, dos consumidores e do setor privado às mudanças climáticas podem impactar consideravelmente a produção de carne bovina no Brasil, com uma redução de 25% até 2050.

O estudo considerou uma série de fatores para calcular tais impactos, incluindo alterações nas dinâmicas do setor influenciadas pelas mudanças climáticas, como a implementação de metas e políticas climáticas internas mais robustas, regulamentos internacionais voltados para o clima, inovação tecnológica e mudanças nos mercados emergentes.

 

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Ao detalhar esse impacto, a pesquisa indicou que as mudanças nas preferências dos consumidores e o aumento dos preços podem diminuir a demanda por carne de ruminantes, como bovinos e ovinos, em 38% no mercado interno e 5% no global até 2050. Além disso, o aumento da competição pela terra, impulsionado por políticas de combate ao desmatamento e demanda por insumos agrícolas para proteínas alternativas, poderia resultar em uma redução de 37% das pastagens, aumentando os preços do terreno e os custos de produção.

Diante desse cenário, o estudo alerta que os pecuaristas precisam aumentar a eficiência da produção por meio de novas tecnologias e práticas de gestão sustentável ou diversificação dos fluxos de receita para evitar perdas financeiras significativas. Os produtores menos eficientes e menos conectados à infraestrutura da cadeia de suprimentos são os mais vulneráveis a esses impactos, especialmente na região Norte do Brasil, onde a rentabilidade é consideravelmente menor.

O relatório sugere que a mitigação dos riscos exigirá investimentos em eficiência da produção, sem ampliação do uso da terra. Investimentos em tecnologias ambientais e práticas sustentáveis de gestão da terra podem beneficiar os produtores, possibilitando que capitalizem os preços mais altos oferecidos pelos mercados de exportação focados em sustentabilidade.

No entanto, a capacidade dos produtores brasileiros de acessar essas oportunidades dependerá dos financiadores e do governo brasileiro continuar e aumentar os investimentos que ajudam os produtores a atingirem metas de produção sustentável e a diversificar a receita, conclui a pesquisa.

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