FDA avalia regras mais rígidas para garantir clareza sobre alternativas à base de plantas e carnes cultivadas, visando reduzir confusões e proteger os consumidores
O debate sobre a rotulagem de produtos à base de plantas e cultivados em laboratório ganhou força nos Estados Unidos. O FDA (órgão regulador de alimentos e medicamentos) está avaliando exigências mais rígidas para rótulos desses produtos, a fim de garantir que os consumidores entendam suas diferenças nutricionais e de produção em relação às versões tradicionais de origem animal.
O ponto central envolve a permissão para que bebidas vegetais utilizem o termo “leite”, como no caso de “leite de amêndoa” ou “leite de aveia”. Legisladores defendem que essa prática pode confundir os consumidores, levando-os a acreditar, equivocadamente, que alternativas vegetais possuem o mesmo valor nutricional que o leite animal.
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Além das bebidas, a discussão também se estende a produtos feitos com proteínas cultivadas e fermentação de precisão, como carnes e laticínios desenvolvidos em laboratório. A necessidade de rótulos mais transparentes pode ser decisiva para o crescimento desses setores, que representam inovação e sustentabilidade na indústria de alimentos.
Impacto no Brasil
O Brasil, líder na produção de alimentos e com um mercado crescente para produtos plant-based, precisa acompanhar esse movimento. Com consumidores cada vez mais atentos e exigentes, rotulagens claras são essenciais para promover escolhas conscientes. O setor de alternativas vegetais e carnes cultivadas está em expansão no país e pode se beneficiar de regras que garantam transparência e confiança.
Esse é um momento crucial para o futuro da alimentação no Brasil e no mundo, equilibrando inovação, sustentabilidade e direitos do consumidor.