sexta-feira, 06/12/2024
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A de Agro quer avançar nos planos de virar ‘marketplace’

A de Agro anunciou, com exclusividade a PEGN, uma extensão de mais R$ 10 milhões da rodada de R$ 28 milhões captada no ano passado. O aporte inicial foi liderado pela DXA Invest, gestora de venture capital de Oscar Decotellli, com participação da Suno. Os nomes dos novos investidores não foram revelados.

A startup conta com a Rural.Uno, plataforma de monitoramento de plantações. Por meio de inteligência artificial (IA) e machine learning, ela é capaz de avaliar áreas plantadas e calcular o potencial da safra agrícola, estimar a produtividade daquela plantação, analisar a qualidade do solo, verificar a data do plantio e da colheita e diferenciar as culturas de cada pedaço de terra, entre outras informações relevantes para o agronegócio.

Isso possibilita tanto a quem oferece crédito ao setor quanto ao próprio produtor rural calcular riscos e tomar as melhores decisões. Para as instituições financeiras, é importante para entender qual é o negócio que está pleiteando empréstimos, o tamanho do risco e quanto elas podem liberar. Para quem produz, é relevante para conduzir o plantio e o acompanhamento da safra, bem como entender a melhor maneira de utilizar os recursos financeiros.

“Nossa plataforma funciona com base em análise de imagens de satélites que são muito mais abrangentes, específicas e precisas do que todo mundo imagina. Quando pensamos em imagens de satélite, logo vêm à mente aquelas que vemos na internet, do Google Earth, o carro no meio da rua, a fachada daquele imóvel, por exemplo. Mas as da Rural.Uno são completamente diferentes. Em função do comprimento das ondas que os satélites captam, é possível medir a quantidade de água que há na planta, se ela está fazendo fotossíntese adequadamente e a qualidade do solo”, explica Rafael Coelho, 38 anos, CEO e um dos cofundadores da A de Agro, que nasceu em 2019, em São Paulo (SP).

Coelho conta, ainda, que a A de Agro desenvolveu uma ferramenta – dentro da Rural.Uno – que consegue identificar os chamados talhões, que são as subdivisões de uma fazenda onde a lavoura é cultivada, o que é bem importante para o monitoramento das áreas de plantio. De acordo com o CEO, isso economiza tempo e dinheiro, uma vez que, sem o processo automatizado, são necessárias cerca de 20 ou 30 pessoas in loco para realizar as medições.

Fonte: Pequenas Empresas Grandes Negócios

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