Startup Mombak compra fazendas antigas, geralmente pastagens, e realiza reflorestamento com espécies nativas
A crescente pressão global para reduzir as emissões de carbono ganha um novo desafio com a ascensão da inteligência artificial generativa. Enquanto as grandes empresas de tecnologia prometem melhorias na produtividade e impactos trilionários na economia mundial, enfrentam o dilema de como reduzir suas emissões em meio ao crescente consumo energético. Nesse contexto, a startup Mombak, especializada em crédito de carbono, busca respostas.
Em dezembro passado, a Mombak anunciou o fechamento do maior contrato único de créditos de carbono da história da Microsoft. O acordo prevê a captura de 1,5 milhões de toneladas de carbono por meio do reflorestamento na Amazônia. O projeto da empresa em Mãe do Rio, localizada a 4 horas de Belém, já é considerado o maior do mundo em sua categoria. A expectativa é que, a partir de 2035, a empresa remova 20 milhões de toneladas de CO2 da atmosfera a cada ano.
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A demanda por energia para alimentar data centers, inteligência artificial generativa e criptoativos pode dobrar até 2026, conforme aponta uma pesquisa da Agência Internacional de Energia. Esse aumento de consumo energético coloca um desafio para as empresas que utilizam essas tecnologias, exigindo delas a redução das emissões de CO2.
A estratégia para muitas dessas empresas se tornarem neutras em carbono envolve a remoção de carbono, especialmente por meio do reflorestamento de áreas degradadas. Esses contratos de crédito de carbono baseados em reflorestamento tendem a ser mais valorizados devido à sua capacidade de medição precisa do carbono capturado.
A Mombak adota uma abordagem prática em seus empreendimentos, ao comprar fazendas antigas, geralmente pastagens, e realizando o reflorestamento com espécies nativas. A empresa sustenta suas operações por meio de um fundo que recebe investimentos de empresas como Accent e o fundo de pensão do governo canadense. O retorno para os investidores é garantido pelos contratos firmados com empresas como Microsoft e McLaren, assegurando acesso ao período de maior eficiência na captura de carbono.
