BioLumic realizou testes em 12 espécies diferentes; técnica ativou genes nas plantas, aumentando sua resistência e desempenho
A empresa neozelandesa BioLumic alcançou resultados impressionantes ao aplicar um tratamento inovador de “banho de luz” com iluminação ultravioleta (UV) em sementes de 12 espécies diferentes. Batizada de UV Light In-Seed, essa técnica ativou genes nas plantas, aumentando sua resistência e desempenho, especialmente em variedades como milho, soja, leguminosas e até mesmo cannabis.
Essa alternativa tecnológica chamou a atenção do mercado, sendo reconhecida como o produto mais inovador pela Seed World no final de 2023 e recebendo investimentos significativos na ordem de US$ 27,8 milhões (R$ 141 milhões) de investidores, incluindo a fundação de Bill Gates.
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A agtech está revolucionando o controle de patógenos ao explorar como a resposta das plantas à luz UV pode aumentar sua resistência a doenças, estimulando seu metabolismo. Ao invés de depender exclusivamente de melhoramento genético e produtos químicos, a empresa está abrindo caminho para uma abordagem mais sustentável na agricultura.
Inicialmente focada no milho, a BioLumic realizou tratamentos prototípicos em sementes e plantou-as em uma fazenda na Nova Zelândia. Os resultados foram promissores, com um aumento de 12% no rendimento do milho cultivado a partir das sementes tratadas em comparação com as convencionais. Agora, a empresa está expandindo seus estudos para culturas como linhaça e hortaliças.
O processo de tratamento de sementes com luz UV é rápido, econômico e facilmente integrável às práticas de tratamento de sementes existentes. Utilizando ciência fotobiológica avançada, engenharia proprietária e biologia molecular, a BioLumic testou centenas de combinações de receitas UV para diferentes aplicações em sementes.
Os testes de campo e avaliações fenotípicas das plantas após a semeadura validam essas combinações, mostrando que as plantas têm uma longa história de adaptação à luz ultravioleta ao longo de milhões de anos. Considerando que o UV é a parte mais energética da luz solar, as plantas têm vias de sinalização fotobiológica altamente sensíveis, induzindo respostas positivas que se alinham com características desejáveis para a agricultura.
