País europeu é o mais inovador do mundo e empresas buscam mercado brasileiro
A swisstech, iniciativa de disseminação da inovação produzida na Suíça, trouxe ao Brasil, para apresentação na Web Summit Rio, quatro startups focadas em tecnologia para a sustentabilidade, com soluções que passam por descarbonização, beneficiamento de alimentos e monitoramento de lavouras: Emissium, Food Brewer, Kohlenkraft e Suind,
A Food Brewer é uma empresa B2B que se destaca no campo da agricultura celular, empregando uma tecnologia inovadora de cultivo de células para produzir cacau e café de alta qualidade de forma sustentável. Seu método de produção começa com células cultivadas em grandes biorreatores, resultando em uma produção mais eficiente que consome menos água, energia e ocupa menos espaço físico.
Essa tecnologia não se limita apenas ao cacau e café, podendo ser aplicada a uma variedade de outras plantas. O processo de produção é contínuo ao longo do ano, independente das condições climáticas, e a biomassa resultante é processada e torrada para ser utilizada como ingrediente na indústria alimentícia.
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Marina Studart, representante de negócios da Food Brewer no Brasil, destaca que o objetivo da empresa é complementar a produção agrícola tradicional, ajudando a mitigar os desafios de qualidade, oferta e preço muitas vezes causados pelas mudanças climáticas.
Já a Suind desenvolveu um software de monitoramento de lavouras que utiliza drones, satélites e sensores terrestres para detectar problemas na produção. Esse sistema inteligente permite identificar sinais de estresse nas plantações semanas antes que se tornem visíveis, oferecendo tempo suficiente para a tomada de medidas corretivas. Apresentada como o “médico familiar das lavouras”, a Suind busca fornecer ferramentas para os agricultores lidarem com os desafios impostos pelas mudanças climáticas e pelo aquecimento global, que impactam significativamente a agricultura.
A Emissium desenvolveu um software que rastreia as emissões de carbono na geração de energia elétrica e utiliza modelos de machine learning. O sistema é alimentado principalmente por dados públicos e registra todas as medições em uma rede blockchain privada, garantindo responsabilidade, transparência e capacidade de expansão.
Seu propósito não se limita apenas a auxiliar empresas do setor de energia, mas também visa apoiar companhias e instituições interessadas em prever suas próprias emissões de carbono, fortalecendo assim suas políticas de responsabilidade socioambiental. Rafael Castro Amoedo, CEO e co-fundador da Emissium, destaca que a empresa já tem parcerias e clientes estabelecidos na Europa e enxerga um grande potencial no mercado brasileiro.
A KohlenKraft é uma empresa de tecnologia limpa em estágio inicial de desenvolvimento que fabrica materiais de construção neutros em carbono. Seu produto principal é um tipo de cimento produzido a partir de biocarvão, um subproduto da geração de energia por biomassa.
Esse cimento, rico em carbono capturado, pode ser utilizado em diversas aplicações, incluindo acabamentos como emboço, isolamento térmico e regulador de umidade, além de servir para a fabricação de tijolos, blocos e vasos de plantas.
A cleantech comercializa seu material principalmente para consumidores finais, como arquitetos e construtores, mas também oferece consultoria para empresas que trabalham com geração de energia por biomassa.
Segundo dados do Ministério de Minas e Energia, a biomassa representa 8,55% da matriz energética brasileira. Com o Brasil contando com cerca de 630 usinas que utilizam biomassa, a KohlenKraft vê uma oportunidade de se conectar com essas usinas e com empresas do setor da construção.
A Suíça mantém sua posição de destaque como o país mais inovador do mundo, sendo reconhecida pela 13ª vez consecutiva em 2023 pelo Índice Global de Inovação da WIPO. A campanha swisstech visa promover o país como líder global em inovação empresarial, aumentando a visibilidade de suas empresas de ponta e destacando sua excelência em pesquisa no cenário internacional.
