Whey da startup da Nova Zelândia supera as proteínas de origem vegetal em termos de digestibilidade
A startup de biotecnologia da Nova Zelândia Nutrition from Water (NXW), anteriormente conhecida como NewFish, desenvolveu um soro de leite à base de microalgas para esportes, bem-estar, nutrição avançada e outras categorias, como panificação e confeitaria sem laticínios.
Com a marca Marine Whey, o ingrediente promete oferecer um perfil de aminoácidos que rivaliza com as principais proteínas animais tradicionais, superando as proteínas de origem vegetal em termos de digestibilidade. Descrito como livre de alérgenos, vegano e não geneticamente modificado, o ingrediente proteico está atualmente em processo de certificação para a obtenção do status GRAS (Generally Recognized As Safe).
Além disso, possui um perfil sensorial neutro, permitindo múltiplas aplicações, desde alimentos e bebidas nutricionais até refeições e lanches diários, beneficiando tanto atletas de elite quanto consumidores comuns.
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A empresa de biotecnologia planeja introduzir o Marine Whey no mercado global no próximo ano, começando pelos Estados Unidos e Japão. Nos Estados Unidos, a NXW recentemente se juntou à MISTA, um ecossistema de tecnologia alimentar de inovação aberta, sediado em São Francisco, como membro startup, onde apresentou amostras de seu soro de leite à base de microalgas. Startups notáveis que cresceram através do ecossistema MISTA incluem NotCo, Geltor e Yali Bio.
Fundada em 2022, a NXW tem como objetivo criar uma nova categoria de alimentos fermentando organismos microscópicos como microalgas provenientes de rios, lagos, fontes termais e oceanos imaculados.
Para evitar a interrupção dos ecossistemas naturais, a empresa utiliza a ciência marinha não extrativa — fermentação — para preservar a biodiversidade marinha enquanto apoia a nutrição humana.
A NXW possui escritórios em Auckland e São Francisco e está trabalhando com um fabricante em Portugal para escalar o produto para o lançamento do próximo ano. A startup conta com o apoio do Ministério das Indústrias Primárias do Governo da Nova Zelândia por meio do fundo Sustainable Food & Fibre Futures.
Dedicada a avançar em sua “nutrição natural da água”, a NXW, em colaboração com o Cawthron Institute, explorou mais de 300 cepas vivas em cultura e outras 300 cepas criopreservadas que poderiam representar novos superalimentos.
Conforme explicado pela empresa, um critério principal para a seleção dessas microalgas é seu alto teor de proteína, crucial para aplicações alimentares de nutrição natural. Outros traços essenciais para a escalabilidade comercial incluem altos rendimentos (microalgas que podem dobrar a biomassa diariamente), incorporação eficaz nos alimentos e melhor desempenho em ambientes industriais.
A startup destaca que o uso de microalgas cria sistemas de produção de baixo impacto e circulares, onde as microalgas produzem açúcares usados por outras microalgas para fabricar proteínas.
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