Vários fatores contribuem para a diminuição do consumo, como preocupação com a saúde, mudanças climáticas e questões orçamentárias
Mais de 40% dos australianos estão reduzindo ou eliminando o consumo de carne, sendo a saúde o principal motivador, segundo uma pesquisa conduzida pela Toluna para o think tank Food Frontier. A pesquisa, que entrevistou duas mil pessoas, revelou que 21% dos australianos se identificam como “redutores de carne” – indivíduos que diminuíram o consumo de carne, mas não se identificam como flexitarianos.
A crise do custo de vida também está incentivando a diminuição do consumo de carne. A importância do orçamento como motivador para reduzir o consumo de carne aumentou significativamente, de 40% em 2021 para 54% em 2024, diz a pesquisa. Além disso, 61% dos entrevistados citaram preocupações de saúde como a principal razão para cortar a carne, seguidas por limitações orçamentárias (54%) e preocupações climáticas (37%).
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Apesar dessa crescente conscientização, a adoção de carnes à base de plantas ainda enfrenta desafios, principalmente em relação ao sabor e ao preço. Apenas 35% dos australianos experimentaram esses produtos, e 22% indicaram que comprariam novamente. O sabor foi apontado como uma barreira por 46% dos consumidores, embora esse número tenha caído em relação aos 52% de 2021.
Por outro lado, alternativas à base de plantas, como o leite vegetal, têm ganhado mais popularidade. Aproximadamente 41% dos australianos experimentaram leites vegetais, e um terço os consome regularmente. Esses dados refletem uma tendência global de aumento do consumo de proteínas alternativas, embora ainda haja pouca conexão entre a produção agrícola e as mudanças climáticas entre a maioria dos consumidores.
Apesar do avanço no mercado de carnes e leites vegetais, a pesquisa também revelou que apenas 44% dos australianos identificam a agricultura animal como um fator chave para a mudança climática.
